Apresento aqui alguns factos históricos que considero importantes.
Inicialmente a ocorrência de chuva ácida foi relatada em Manchester, na Inglaterra, num centro importante durante a Revolução Industrial. Em 1852, Robert Angus Smith, químico e climatologista inglês, usou pela primeira vez o termo chuva ácido.
Tendo usado a expressão para descrever a precipitação ácida que ocorreu sobre a cidade de Manchester no início da Revolução Industrial. Ele observou que a chuva ácida podia levar á destruição da natureza.
Actualmente, e com o desenvolvimento e avanço industrial, tem-se concluído que os problemas inerentes ás chuvas ácidas têm se tornado cada vez mais sérios, sendo necessário prevenir as chuvas ácidas.
Segundo o Fundo Mundial para a Natureza, cerca de 35% dos ecossistemas europeus já estão seriamente alterados e cerca de 50% das florestas da Alemanha e da Holanda estão destruídas pela acidez da chuva.
Na costa do Atlântico Norte, a água do mar está entre 10% e 30% mais ácida que nos últimos vinte anos.
Nos EUA, onde as centrais termoeléctricas são responsáveis por quase 65% do dióxido de enxofre lançado na atmosfera, o solo dos Montes Apalaches também está alterado: tem uma acidez dez vezes maior que a das áreas vizinhas, de menor altitude, e cem vezes maior que a das regiões onde não há esse tipo de poluição.
Monumentos históricos também têm sido destruídos: a Acrópole, em Atenas; o Coliseu, em Roma; o Taj Mahal, na Índia; as catedrais de Notre Dame, em Paris e de Colónia, na Alemanha.
Em São Paulo, as chuvas ácidas contribuem para a destruição da Mata Atlântica e desabamentos de encostas.
A central termoeléctrica no Rio Grande do Sul, provoca a formação de chuvas ácidas no Uruguai.
Outro efeito das chuvas ácidas é a
formação de cavernas. Bem como, com o ritmo continuado de poluição do ar, a chuva ácida causara maiores danos na química dos solos do que as florestas tropicais poderiam suportar, nos próximos 30 a 40 anos.
Uma vez que os níveis de poluição registados em Portugal, são inferiores aos registados nos países europeus, são visíveis, casos de monumentos e outro tipo de edifícios que também sofrem degradação por parte das chuvas ácidas.
O Mosteiro dos Jerónimos situado em Lisboa é um dos monumentos portugueses mais sujeito a este tipo de agressões climáticas. Por essa mesma razão irão realizar-se, obras no sentido de preservarem a cultura portuguesa.
Sines, Setúbal, Barreiro, Seixal, Lisboa, Estarreja, e Porto são as principais cidades com um índice de chuvas ácidas mais elevado. Também em cidades como Carregado e Tapada são igualmente áreas onde se regista uma acidez forte das chuvas.
Isto porque é nestas áreas que se encontram localizados a maior concentração urbana e a presença de grandes unidades industriais causadoras do aumento das concentrações atmosféricas de poluentes atmosféricos nestes territórios.
Na Europa o problema das chuvas ácidas é muito grave, pela antiguidade das obras expostas a céu aberto. É o chamado Cancro da Pedra, que faz com que seja necessário proteger essas obras de arte, substituí-las por réplicas e somente expô-las em ambientes fechados.
Infelizmente, muitas obras de arte e monumentos antigos, já se acham completamente destruídos pela corrosão provocada pelas chuvas ácidas.